NÃO ADIANTA TER SIGLAS NA ASSINATURA – é preciso vencer os desafios imateriais, que estão além do Escopo.
Por incrível que pareça, as vezes os Gestores de um empreendimento parecem estar em lados opostos, há um grande conflito nos relacionamentos internos e externos.
Se você me perguntar por quê? Porque eles se julgam estrelas, e quanto mais sua assinatura (trás siglas de formação, especialização e doutorado, CEO(COO,CKO,CFO,CMO,CAO,CDO,CRO,CLO,CSO,CTO),PMI,PMO e ETC, parecem que pior ficam.
Os acionistas deveriam exigir a contratação de um mediador para gerenciar os conflitos que surgem na formação PEP/CapEx ou na implantação de um Projeto.
Anos atras, gerenciamos a construção de um empreendimento em São Paulo (primeiro aeroporto particular). O diretor do projeto era genro do dono do empreendimento, responsável pela área técnica também, mesmo não sendo engenheiro (o que não seria problema se ele aceitasse as orientações da equipe técnica).
Se gabava de ser um grande redutor de custos para as obras do grupo, e por isso “tinha carta branca” para fazer o que quisesse. Nos contava suas proezas econômicas do tipo: Fui eu que tirei a azeitona da empada e a companhia economizou milhares de reais...fui eu que ao invés de usar tubos galvanizados, usei mangueiras de PVC, e economizei milhares de reais...e por aí vai...nada de engenharia e ciência.
Eu era o orçamentista que dava apoio aos orçamentistas do cliente e a nossa área de suprimentos. Todos nossos orçamentos/cotações eram duramente criticados por ele, pois na sua maioria resultavam em um valor muito superior ao que ele tinha em mente ou desejava pagar.
Em uma reunião, apresentávamos pela 5ª vez, em regime de urgência, as novas cotações (12) para um determinado serviço, sendo crucial para a obra, a qual não mais poderia continuar sem esse monitoramento, mas ele não liberava para compra e sendo pressionado jogou a culpa na gerenciadora.
Pedi a palavra : O "excelência", vou te falar uma coisa - esse processo vem se arrastando por quase 3 meses por sua culpa e falta de conhecimento de engenharia e as consequenciais do não fornecimento está trazendo ao empreendimento, estamos fazendo o maior aterro privado do Brasil, com milhões de m3...Continuei : você nunca teve um orçamento de verdade na mão, te entregaram um papel de pão com um valor de um “Volkswagem” já estamos em um “Fusion” temos que chegar a uma “Mercedes” e você não muda esse Valor?!!, tenha um pouco de consideração e entendimento do mal que você está fazendo para o projeto!
A reunião foi encerrada aos berros e murros dele.
99,9 % dos participantes tinham medo dele e me falaram que nunca ninguém teve a coragem de falar que ela nunca teve um orçamento. Não foi só coragem, foi a necessidade de o enquadrar por estar sendo um ser nocivo ao projeto.
Dia seguinte, ele veio em minha mesa, se agachou para ficar na minha altura (eu permaneci sentado) e me disse: está aprovado, vamos para frente.
Lição aprendida: Alguém tem que tomar uma atitude em favor do próprio projeto.
Se você me perguntar por quê? Porque eles se julgam estrelas, e quanto mais sua assinatura (trás siglas de formação, especialização e doutorado, CEO(COO,CKO,CFO,CMO,CAO,CDO,CRO,CLO,CSO,CTO),PMI,PMO e ETC, parecem que pior ficam.
Os acionistas deveriam exigir a contratação de um mediador para gerenciar os conflitos que surgem na formação PEP/CapEx ou na implantação de um Projeto.
Anos atras, gerenciamos a construção de um empreendimento em São Paulo (primeiro aeroporto particular). O diretor do projeto era genro do dono do empreendimento, responsável pela área técnica também, mesmo não sendo engenheiro (o que não seria problema se ele aceitasse as orientações da equipe técnica).
Se gabava de ser um grande redutor de custos para as obras do grupo, e por isso “tinha carta branca” para fazer o que quisesse. Nos contava suas proezas econômicas do tipo: Fui eu que tirei a azeitona da empada e a companhia economizou milhares de reais...fui eu que ao invés de usar tubos galvanizados, usei mangueiras de PVC, e economizei milhares de reais...e por aí vai...nada de engenharia e ciência.
Eu era o orçamentista que dava apoio aos orçamentistas do cliente e a nossa área de suprimentos. Todos nossos orçamentos/cotações eram duramente criticados por ele, pois na sua maioria resultavam em um valor muito superior ao que ele tinha em mente ou desejava pagar.
Em uma reunião, apresentávamos pela 5ª vez, em regime de urgência, as novas cotações (12) para um determinado serviço, sendo crucial para a obra, a qual não mais poderia continuar sem esse monitoramento, mas ele não liberava para compra e sendo pressionado jogou a culpa na gerenciadora.
Pedi a palavra : O "excelência", vou te falar uma coisa - esse processo vem se arrastando por quase 3 meses por sua culpa e falta de conhecimento de engenharia e as consequenciais do não fornecimento está trazendo ao empreendimento, estamos fazendo o maior aterro privado do Brasil, com milhões de m3...Continuei : você nunca teve um orçamento de verdade na mão, te entregaram um papel de pão com um valor de um “Volkswagem” já estamos em um “Fusion” temos que chegar a uma “Mercedes” e você não muda esse Valor?!!, tenha um pouco de consideração e entendimento do mal que você está fazendo para o projeto!
A reunião foi encerrada aos berros e murros dele.
99,9 % dos participantes tinham medo dele e me falaram que nunca ninguém teve a coragem de falar que ela nunca teve um orçamento. Não foi só coragem, foi a necessidade de o enquadrar por estar sendo um ser nocivo ao projeto.
Dia seguinte, ele veio em minha mesa, se agachou para ficar na minha altura (eu permaneci sentado) e me disse: está aprovado, vamos para frente.
Lição aprendida: Alguém tem que tomar uma atitude em favor do próprio projeto.
